segunda-feira, 3 de maio de 2010
Evidências
Renoir "Dança"
Talvez seja um livro digital que grava as palavras óbvias
em transparências de uma montanha de cristal
mandamentos de um largo historial - evidências.
Guardo em cada recanto das cortinas as fatias
de muitos detalhes pormenores de poesia
e em duas mesinhas de cabeceira
livros quase extintos ou seguros de serem
apenas prenúncio de objectivo; bons fracos fortes
coloridos picantes nebulosos ou estranhos territórios
na dualidade gémea dos sentidos.
Guardo nas dobras de um lençol obssessivo e gasto
como cinza branca de uma história de Siddharta
os imediatos e tautológicos lugares – evidências
durante as luas brancas e resistentes.
Se por acaso cedo cedo o pensamento
os sonhos são espaços claros do sono
feitos de dúvidas desfocadas e muita gente
não são nítidas as caras os braços e as sombras.
Sendo assim guardo
os clássicos minutos inteiros nas últimas gotas da rádio
quando no chumbo cansado das pálpebras fecho as águas
e surgem as lavas de como és grande e alta -
Evidências -
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