Imagem daqui
tenho-te pensado de todas as formas
e não será nunca a hora dos caixões
essa será sempre uma hora dos outros
a não-hora dos meus aviões
a não-hora de um febril sonhador –
a hora do pensamento será sempre de querer
de querer a hora imoldável, a hora impenetrável
a hora sossegada mais
forte que a tempestade –
porque não há fragilidade no olhar
quando a planície é a promessa
o ramo de oliveira, o sensível lugar –
josé ferreira 14 Novembro 2012
1 comentário:
Gostei muito.
Destaco a terceira estrofe: "porque não há fragilidade no olhar / quando a planície é a promessa / o ramo de oliveira (...)" - uma imagem cheia de força: "promessa" de pão e de fartura; "ramo de oliveira" símbolo de paz e de luz.
Obrigado pela sua poesia.
José Almeida da Silva
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