Pablo Picasso
Era o tempo de Puchkine,
a primavera plana,
uma onda de ar
como a vela pura
de um barco transparente
ia pelos prados levantando a erva e o aroma
das germinações.
Perto de Leninegrado os abetos
dançavam uma valsa lenta
de horizonte marinho. Para Leste
caminhavam os motores,
as rodas, a energia,
os rapazes e as raparigas.
Trepidava a estepe,
os cordeiros punham
a sua pontuação nevada
na imensa extensão da ternura.
(…)
Pablo Neruda
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