sábado, 24 de outubro de 2009

ao meio-dia


(não sei de quem é, retirei da net)


a autoestrada repleta
o asfalto molhado.
um carrossel de música calma
na frequência modulada de clima
húmido e morno; dias de outubro.
ao largo sem as asas de corvo
a mancha esquiça de pinheiros
as lágrimas sacudidas dos eucaliptos
os sorrisos da motociclista
ao jovem motorista
doze horas meio-dia.

a serpente de cor verde, treze
treze carros de lata
um "panzer" outro "chaimite"
as lagartas na estrada à luz do dia.
abro mais a janela, abro mais sobrolho
procuro a fatia o sumo de amora
melancia passam dez do meio-dia.

um camião tir lança águas mil
lança gemidos cissia a travagem.
correm os trinta no pára-brisas
saltam as gotas ao meio-dia.

portagem ticket
"dinheiro ou cartão?"
estendo a mão-

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