Beijada de beijos
Teus, que não sei
Se são meus
Os teus beijos
São desejos
E não sei
Quantos beijos
Precisas me dar
Para saberes
Que o beijo
Já não sabe parar
Beijada de beijos
Teus, fico aqui
A sentir
O que o teu
Beijo meu
Me deixou
Ao partir
Ficou só
Mais um beijo
Preso ao coração
Cada vez
Que ele bate
Pulsa a sensação
Desse tão
Beijo meu
Que afinal
É o teu
Beijada de beijos
Teus, que a sede
Me trazem,
Tanta sede
Eu tenho
De sorver
Mais um beijo
E assim
Se te vejo
Hei-de arrancar
O beijo
Desse tão
Beijo teu
Que afinal
É o meu
2 comentários:
Cara Marlene,
Não sei onde aprendeste a arte de conferir uma temperatura precisa aos teus poemas. Sei sim, que desde o amor criogénico ou as viagens low cost de ida para a sibéria até este "beijada de beijos" arrasas qualquer conceito de termostato artificial.
É muito bonito assistir à essa coragem poética, que interpela os extremos, que dá-se ao ar que não é condicionado, e que volta intacta em versos aparentemente sem nenhum arranhão das viagens pelas temperaturas mais díspares.
Mas o que eu queria dizer mesmo é que achei o poema lindíssimo. E pensava eu que já tinha sido tudo descoberto e escrito sobre este tema em particular...
bjo e até breve
Marlene um poema na forma de um beijo repetido que encanta e não cansa.
Ganhas um "Guiness" sobre a palavra e a harmonia.
Gostei muito. Parabéns.
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