Tracei a laranja no pomar teu
Bebi o sumo que dela jorrou
Olhava esperançada o azul do céu
Mas sabor algum minha boca encontrou.
Molhei o corpo na bica de água
Que corre fresca da mina sem parar
Mas minha pele nada se arrepiava
E minh’ alma teimava cristalizar.
No meio dos livros encadernados
Por entre tuas estantes e quadros
Deixei-me estar buscando uma verdade.
Uma folha de papel então eu vi
A mão segurou o lápis e escrevi
Apenas o teu nome, senti saudade.
Elza (Pi)
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