Revejo-te mas não te vejo,
Há quanto tempo é assim?
Diz-me, amor, porque não sei,
Como te perdeste...
De mim?
Sinto ainda a ternura
Das tuas mãos
Nas minhas...
No veludo das rosas, da pele
Na suavidade da seda
E do cetim...
Reconheço o brilho dos teus olhos
Em todas as estrelas
Que brilham
Longínquas...
A fio de luz,
Bordadas...
Vejo o teu sorriso macio
Na doçura
Clara e húmida
Das serenas madrugadas...
Escuto a tua voz e o teu riso
Em todos os sons...
Harmoniosos,
Do mundo...
Na água saltitante dos rios...
Nos campos... na rua...
Na música... nas fontes...
No mar azul, profundo...
Revejo-te, escuto-te e sinto-te
Procuro-te...
Chamo-te...
Espero-te...
Nunca te encontrei...não te vi...
Diz-me, amor, porque deixaste
Que me perdesse...
De ti?
Maria Celeste
1 comentário:
Quão doce pode ser um desencontro como este que escreveu... Bem vinda de volta Celeste!
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