Tem os cantos em serrilha
e em nada transparece
o momento distante
na fotografia!
Uma gota baça espanta o brilho.
Não se adivinha o instante
que desvia, esconde,
a límpida história além,
agora na ponta dos dedos,
cinco palmos do olhar,
parado, ausente,
naquela fotografia!
O sorriso de sincronia
no fumo do disparo,
no nariz de fole,
não revela
o desfazer precedente...
nem sequer o chapéu alto
atràs do símio,
pequeno, irrequieto,
que sempre acompanha
as máquinas de outros dias!
Vira-se, revira-se,
rodam-se os cantos,
procura-se...
um número apenas,
a cartolina dura, sépia,
da velha fotografia!
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