imagem daqui
escrevo-te directamente no princípio da noite
não como amigo mas como amante
desconhecendo-te o corpo, pensando-o pelo voo
pela asa que se ergue e pousa
naquela árvore junto da janela
um braço castanho, um braço de seiva
um braço de penas
leve como a brisa em tardes imaginadas -
escrevo-te no intervalo do sono de olhos iluminados
e tantas são as cores
luzem -
canso-te de palavras, bem sei, e falo-te por metáforas
campainhas que podem ser flores
margaridas, bem-me-queres, jacintos flutuantes em frascos -
até que despertes
até que afastes o lençol bordado
até que surja a primeira torrada
até que a luz seja autêntica e muito clara
até que segures o cabelo depois de entrares no carro -
josé ferreira 23 novembro 2012
2 comentários:
Olá José,
Até que... enfim!
Mando Sorriso, e
fica-se à espera de mais belos versos teus.
Abraço
Foi muito bom passar por aqui...
MLuisa Cardoso
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