Katerina Bodrunova
Fecham-se as persianas
À ternura urge o lusco-fusco.
E os olhares ácidos
Do crepúsculo
Não saboreiam
Silêncios subtis
Num sabor feito de ardor
E arco-íris.
Fecham-se as persianas.
A ternura invade o chão nu
Numa união sempre original
De corpos doces a saber a sal.
Fecham-se as persianas.
Arde a luz.
10.07.1991
José Almeida Silva in Amanheceste em mim pelo poente, Editora Moura Pinto, 2007
2 comentários:
Lindo e insinuante! Quero muito ler este livro! Abraços!
O seu poema é muito bonito. Parabéns.
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