quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
brumas e pinturas diferentes por sobre a nuvem negra
fotografia do filme gato branco, gato preto de Emir Kusturica
Entre o lado esquerdo e aquele mais absorto
oscilam raios breves
quando me olhas de novo no rumo dos meus versos,
as palavras simples de que me visto quando amanheço,
como a onda revolta e um mar de dedos brancos,
passeando por entre brumas e pinturas tão diferentes -
Não uso a superstição como nuvem negra,
que me condene em penitências e falsos juízos de demónios.
uso tudo, como uma grande lente sobre os significados da pele, do corpo,
e ouso tudo, o sopro, o sol e a chuva sobre essa nuvem negra,
a nuvem negra que escurece o azul e o vermelho dos lábios.
Falo-te na distância dos próximos,num futuro predominante
e na predominante esperança de sempre e sempre
por sobre um universo de segundos renitentes.
e falo.
falo por um mundo de palavras
por um mundo eterno
quase sempre imenso, de muitas chamas,
daquelas que queimam como mãos,
dentro da alma e um fumo de incenso –
E abro-te o meu peito como um livro novo
onde os gatos me visitam e se deitam,
naquele som de agradecimento, de afecto branco
enrolados no seu corpo,
de braços cruzados
e olhos de pestanas -
josé ferreira 10 janeiro 2010
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