terça-feira, 13 de dezembro de 2011

areias esvoaçantes


Renée Magritte

(...)
Areias esvoaçantes, sob o foco dessa luz, enchiam-lhes o quarto, o claro território da ternura.
Então adormeceu, com a mão dela na sua mão, e entre os cabelos dela. A princípio ainda escutava, no fundo longínquo de si, o pulsar das nascentes do sono; depois tornou-se tudo azul e inefável, era o prolongamento daquela felicidade de asas e orvalho.
(...)

Urbano Tavares Rodrigues

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