sábado, 10 de dezembro de 2011
saliento esse silêncio que te abarca
Gerard Richter Tate Gallery
saliento esse silêncio que te abarca e te reduz, não o uses.
na demasia, fractura e alucina, esfuma,
desvanece a brasa simbólica no manto escuro do céu;
essa lua magnífica que envolta, rodeia e se envolve
num crepúsculo de segredos. sublima
perto das pontas dos dedos, nas faces verdes,
nos musgos certos que decoram os muros. afirma
essa dança habitual, o acordeão, o violino,
o sublinhar das melodias, e desliza
por sobre a frialdade das noites
como a musa dos gregos, do parténon,
das ágoras duplas e inventadas,
esse lugar de ninfa
acariciando na ponta dos pés
as pedras mais difíceis -
josé ferreira 10 dezembro 2011
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1 comentário:
Como não vir aqui lê-lo, José?
Se saio daqui, invariabilidade mais rica, de palavras suas, de imagens e metáforas, de poetas, de autores que nos apresenta e dos quais, a minha alma se alimenta?
bem-haja, enorme gratidão por me visitar nos meus textos, ensaios artesanais de uma arte que me prende, existencial, à poesia, à prosa, as letras, enfim.
Mel
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