segunda-feira, 12 de setembro de 2011

a memória do mar

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raquel patriarca - colagem
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há um lugar secreto
e encantado,
de onde vêm as
sereias,
com castelos
de rocha e coral
e cavalos marinhos
que patrulham as ameias.
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e as estrelas,
(que nascem das areias)
não brilham,
dançam!
são pingos de cor
nas profundezas,
enroladas em abraços
de anémonas
como as flores do campo
em cabelos de princesas.
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as baleias
falam da origem de tudo
em canções de embalar,
que ecoam –
muito longe
e muito fundo –
em cada onda,
em cada grão de areia,
em cada concha
do mar.
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é um mundo
imenso imenso.
azul e fantástico,
cheio de criaturas
estranhas, ferozes, bonitas
tubarões, raias,
caranguejos eremitas.
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vive por lá uma linha,
branca e suave,
em que o céu toca no mar,
onde o vento é eterno
e até os sonhos vêm sonhar,
como o voo lento
de uma pequena ave
no colo doce da maré,
que sempre, sempre
continua,
e sorri –
de vez em quando –
ao reflexo claro
da lua.
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raquel patriarca | vinteenovedesetembrodedoismilenove
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1 comentário:

josé ferreira disse...

Raquel

gostei imenso desta história de mar, na suavidade de uma descrição encantada destaco a perfeita definição do horizonte "vive por lá uma linha,/ branca e suave,/ em que o céu toca no mar,/ onde o vento é eterno/ e até os sonhos vêm sonhar", fez-me também lembrar a menina do mar de Sophia.