quarta-feira, 8 de setembro de 2010

AFOGAMENTOS

Como gostaria
de penetrar a densa espuma,
enfrentar ondas traiçoeiras
e insidiosas brumas
desenhando tenebrosos castelos
longe lá longe no mar,
e salvar vultos amistosos,
traze-los a porto seguro,
estável e cúmplice.
... Mas algo me diz
que lá chegaria
e que nenhum amigo
conseguiria salvar!...
...........................................
A amizade esfuma-se
e afunda-se literalmente,
entre os dedos negros de mãos
laxas e escorregadias,
tão exaustas de combater!

( Antonio Luíz, "Poesia pragmática: poemas de Vidas",
a editar em 2010 ( 06-09-2010)

1 comentário:

Íris Pereira de Souza disse...

As vezes não adianta nossos esforços para salvar os amigos do naufrágio, eles tem que terem vontade de escapar....
Íris Pereira