segunda-feira, 12 de julho de 2010
A mensagem
Max Ernst "O nadador cego (efeito de um contacto)" 1931
de um lugar na longa linha do mar
sobreveio o nevoeiro pelo meio do areal.
tornou o rosto branco
no alheamento alto do astro.
a grande nuvem húmida, densa, invisual.
possível escutar os rolos de espuma
em rotinas de descida e despedida
longe, sem os saltos transparentes
de pequenas pulgas.
cada um em cada um e uma nuvem de fumo.
um branco muito branco, escuro.
uma voz de rumo ecoou sem corpo
naquele traje de gotículas e mãos cegas
um eco enorme a romper o silêncio:
não temas
segue o impossível -
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