Recupero da febre das princesas de mármore.
Vou tornar-me num homem necessariamente melhor
mas sem flores para dar.
A partir de agora, levarei apenas o meu corpo frágil
ao baile
e ao teu pescoço as minhas mãos
desiguais.
Viajarei sozinho para as ruínas de amanhã
capital do novo âmago.
Levarei a minha face à face da estrada
estupefacta, e serei eu próprio quem irá escrever
a notícia dos meus passos directos ao acidente
e ao oriente da idade, e de tudo o mais
que nos embaraça
de rugas e teatros exaustos
entre tantos gestos a evitar.
1 comentário:
André gostei muito deste poema. "mármore" frio, "passos directos ao acidente e ao oriente da idade" "rugas e teatros exaustos entre tantos gestos a evitar".
abraço
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