Vou desfazendo estrelas com as mãos
Enquanto partes
d-o-r
deposito o pó em vasos
em embriões ingénuos de passado
um testamento de memórias na pele
que a água não apaga
não lava
nem as lágrimas são estrelas
— a ausência é um planeta isolado
distante o sol deseja não ser nada
só luz
perder o corpo
vou desfazendo estrelas com as mãos
enquanto partes
p-ó
nascem flores do pó
com pele de seda e água
a matéria presa
—surda
só nada em mim
quando partes
só estrelas
só sonho
s-ó
4 comentários:
Olá Liliana
muito bonito! " vou desfazendo estrelas com as mãos/ enquanto partes" e já são dois poemas com muita música
Abraço
Olá
Liliana, gostei de todos os versos,
se é que se pode dizer gostar absolutamente de cada um deles, apreciei todo o poema!
Abraço
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