quinta-feira, 5 de novembro de 2009

(exercício Goya e Manet)

Uma ausência de quase tudo
Um quase nada que imobiliza
E martiriza
Um estar-e-não-estar que adormece
E entorpece
Um querer fugir que angustia
E silencia
Um grito

ana lúcia figueiredo

2 comentários:

josé ferreira disse...

Ana Lúcia sente-se o incómodo de olhar que "entorpece" "um querer fugir que angustia" "e silencia" "um grito". gostei muito.

Abraço

Ana Luísa Amaral disse...

Gostei muito do registo de indefinido que atravessa o seu texto, Ana Lúcia. Especialmente o final "E silencia / Um grito", porque retoma a ideia de sofrimento presente em "E martiriza"