Passeio o meu olhar
nesta imensidão de água queda
enfeita-se de sombras de luz
que coroam qual rainha
água calma
nela me vejo reflectida
tão diferente.
em mim tempestade sem fim
ventos ciclónicos
águas transbordantes
redemoinhos de pensamentos
atropelos de vontades.
preciso de ti
para essa calma encontrar.
quero a suavidade de movimento
do moliceiro ao crepúsculo
quero a doçura do toque do casco na água
quero balanço de embalar
e embalada nos teus braços dormir
um sono fundo e apaziguado.
encontrar na força do teu abraço
a minha força também
sermos ambos a força que precisamos
para continuar esta nossa viagem juntos.
Clara Oliveira
2 comentários:
Olá Clara. que bom ter publicado. gostei em especial do princípio
"Passeio o meu olhar/nesta imensidão de água queda/enfeita-se de sombras de luz" e da imagem de doçura no casco que desliza.
Abraço
Que imagem tão bonita Clara, o 'moliceiro no crepúsculo' e 'o balanço de embalar' ou a 'água queda enfeitada'.
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