Menina de sabrina
de braços bem abertos,
na corda de tolos encantos
que julgam o tempo encantar:
- Leva uma sombrinha na mão!
Do susto da plateia, da pirueta
que feriu, só palmas,
pela sombra penduradas:
- Mãe, são palmas ao tempo
ou ao tombo?
A ventania assim veio
voava a sombra varada,
agora sem palmas, pendurada:
- Mãe, cresce-se com tempo
ou vento?
Era a noite que se seguia
a corda que desencantava,
a sombra sem sol de bengala:
- Mãe, morreste de tempo ou de alma?
2 comentários:
Joana gostei muito deste teu poema. Há uma história que começa alegre pouco a pouco se cobre de sombra e versos fortes.
Gostei particularmente de
" A ventania assim veio
voava a sombra varada"
"cresce-se com tempo
ou vento?"
e de toda a quadra final que está fantástica.
Bjo e parabéns
Concordo inteiramente com o José.
E acho ainda que os últimos versos de cada estrofe em jeito de diálogo dão uma vida imensa ao poema.
Muitos parabéns
Enviar um comentário