sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

VIDA

Vida, momento-ternura de grande fervor,
também mágoa e compaixão,
momentos de paz, delírios de amor,
também desassossego e desilusão,
...mas só enquanto bate o coração!

Vida, momentos de calma e voz mansa,
também gritos ou alucinação,
momentos de lirismo, de grande bonança,
também de guerra ou destruição,
...tudo isto enquanto bate o coração!

Vida, momentos de fome ou larga abundância,
também de mistério ou religião,
momentos de equilíbrio ou discrepância,
também de ciência, apurada investigação,
...mas só enquanto bate o coração!

Vida, momentos de prazer, de doce loucura,
também de silêncios ou de crispação,
momentos de saúde, ou sepultura,
também de beijos, por vezes traição,
...mas apenas enquanto bate o coração!

Vida, somos nós cordialmente,
com estóica esperança de viver,
aceitando uma vida tão efémera,
mesmo sem haver um renascer!

Vida, somos nós cordialmente,
lutando pela família e pela amizade,
também pelo amor mesmo que efémero,
em busca duma utópica felicidade!...

( Nota do autor: retrato da Vida na sua magnitude e na sua complexidade, algumas vezes ultrapassando a chama do amor; mas em última instância, é este que representa a mais doce expressão vital).

António Luíz, in " VIDA: Paixão e Tormento", 2008 - Edições ECOPY

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