terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Poema menino

Éramos dois, seis, vinte.
Entrámos, inseguros, expectantes,
Ávidos de procura e de partilha.
Não era Dezembro, nem presépio havia,
Em cada um de nós
O poema menino adormecido.
Ouro, incenso, mirra.
Palavras, música, emoção.
A sós ou de mãos dadas,
O presépio pressentia-se.

Entrámos, confiantes, ansiosos
De dádiva, de revelação.
Éramos vinte, cem, muitos.
Na manjedoura,
O poema menino deitado.
Não porque era Natal,
Mas porque é Poesia.

1 comentário:

josé ferreira disse...

Um bonito poema de Natal onde estes aprendizes de poetas se sentam à roda do Presépio Poesia!
Obrigado!