terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Carícia de pantufa
Não está quieta a Princesa?
Culpa dela?
A aia que lhe fala
do menino junto ao bobo.
O pincel sem ter tempo.
"É de ouro o cabelo!
Tão brilhante fino moço" - diz a mãe
- "Mas agora está diferente!"
O pincel no óleo mudo
e o cão escutando calmo
que o tempo saia, solte o dorso
e a carícia de pantufa
afaste a pulga.
Tão quieta a Menina:
Da janela cega a luz
o corpete fino as argolas
do vestido. A pergunta do porquê?
do que pensa?
a inclinação indiferente da cabeça.
Na rosto algo vazio
o olhar ausente na Princesa.
Os reis de cinturas ao fundo no espelho
vendo tudo -
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1 comentário:
"O pincel no óleo mudo
e o cão escutando calmo
que o tempo saia, solte o dorso
e a carícia de pantufa
afaste a pulga."
pessoalmente gosto muito desta estrofe (: e o nome do poema está qualquer coisa. carícia de pantufa é muito sugestivo!
é um poema muito gracioso, e como sempre um bom poema!
parabens! (:
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