quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Quem pode livre ser, gentil Senhora

Quem pode livre ser, gentil Senhora,
Vendo-vos com juízo sossegado,
Sabei que por vós fico assustado,
E preso estou desde a primeira hora.

A vida não é como era outrora,
Vivia descontente e enganado,
Tudo mudou, nada é tão cerceado,
Quero ter-vos comigo sem demora.

Vinde sem medo, vinde, meu amor,
Fuja, pois, de vós a sagacidade,
E vinde endoidecer-me o meu calor.

Ser preso é ser livre, é a verdade,
Do amor tão dual a que vos chamo,
Sede, amor, razão em liberdade.

Elza*José Almeida da Silva*Raquel
26.novembro.2008

3 comentários:

josé ferreira disse...

Até Camões se revolta perante a mestria na rima , na melodia,do vosso soneto. Quanto à revolta é só inveja, deixai-o ficar!
"Ser preso é ser livre,é a verdade!"
Fiquei nas grades do vosso poema!
Parabéns!

josé ferreira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
josé ferreira disse...
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