segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Bússolas ao segundo

Fiquei com problemas de consciência de no Domingo ter publicado um poema um pouco deprimente, peço-vos desculpa pelo facto! Realmente sou mais pró-positivo e a constipação e dor de cabeça que me aperreava a mente já passsou! Escrevi hoje este poema que aqui vos deixo:

Bússolas ao segundo

Gostaria de dizer-te num verso simples
que... vestido de nuvem, invisível,
qual fio de teia cristalina,
todos os dias tenho seguido...
os passos leves, etéreos de desafio,
escondido das esquinas, nos passeios,
opaco à distância dos teus olhos!

São assim pequenos dias longos,
não se soltam baraços da jangada;
unidos troncos escorregando flutuantes,
granitos, pedras nas calçadas,
torneando gotas condensadas que
procuram na descida... o destino
inevitável dos rios!

Guio-me de bússolas ao segundo,
olhos fechados, braços de púrpura
tecido manto, mãos de remos
ajudando... tornando sem precalços
o caminho!

E assim te vais
e assim eu fico
sempre junto e preenchido!

1 comentário:

M. disse...

Sei que adorei um poema quando sinto "inveja" por não o ter escrito. Senti isso quando li, uma inveja boa (pois também há a arrogância boa do poeta) de não ter escrito. Uma pena sem remédio de essas palavras não serem minhas.

É mesmo verdade que quem lê é que sente!