Onde o tempo se esconde nascem ondas
Que tecem segredos e memórias lentas
Não há pessoas na dobra dos poemas
Apenas luzes escondidas à espreita
Como amantes nos dilemas doces do amor.
Um outro espaço de saudade
(há nas horas a pressa da vida)
Nos poemas o tempo baloiça
Colhe flores e escreve cartas
(há um outro tempo na beleza)
o tempo da luz original
a aura acesa na escura folha branca
(há falta de tempo e de espaço na vida)
(nos poemas não).
Há luz transparente
Feita de sonhos e risos de crianças
Brilhante na escuridão do olhar
À espera do desdobrar dos versos em danças
Num leve berço de embalar.
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