A lógica não tem olhos nem sabe sentir
Hermética na dor decide em cru e ri
Há sabedoria na dor, tão leve como a ausência
Toda a luz é leve, inesperadamente profunda
Pesa a tristeza, mente em chumbo
Caminho em vazio, sopro estranho o do amor.
Vento que revolve, enleia e move
Flores presas nas mãos como beijos
Ondas largas que inundam o rosto
Vagas áureas e nos cabelos a solidão.
Asas episódicas libertam-se nuas
Colhe-se a sombra nos segundos
As sementes voam e são espectros
Fantasmas mnésicos do que foi
O amor não tem lógica, é um transacto.
1 comentário:
Excelente, Liliana, um voar de palavras que nos puxam os sentidos, versos, poemas, contínuos :)
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