A rapariga debaixo da luz verde
da árvore
parecia usar a máscara disforme
dos pesadelos.
Era uma imagem nítida,
quase branca.
Fumava.
Olhava-me para dentro do medo
sem rosto
debruçada, lenta, circular.
Era noite.
Eu estava na rua à tua espera.
Na rua não, no carro.
Eu estava no carro de vidros abertos
de olhos abertos
debruçada.
Mas felizmente tu chegaste
com a tua luz real (tão real)
para me interromper o pesadelo.
Filipa Leal lida
aqui
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