quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Estado Crítico em Ípsilon - Poema - Sylvia Beirute
ESTADO CRÍTICO EM ÍPSILON
o y. que diferença
faz o y no meu genoma. o meu
genoma outro: que não explica
a natureza intransmutável do acto de
dominar quer o hausto do silêncio-significante,
quer um todavia em toda a via, em
autogénese e absorção de objectos
para um futuro cómodo
com menos poemas e tecnologia.
o y. que diferença faz o contorno da
falta do y no meu genoma.
nada saberia dizer.
excepto que é o teu impulso contrário
aquele que interpreta a fresta
da minha violência em paz,
que as circunstâncias que rodeiam a linguagem
são impeditivas de um outro formato.
Sylvia Beirute
inédito
.
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1 comentário:
Sylvia ainda bem que voltaste a publicar no blogue. o original feminino o y que faz a diferença no genoma e o"impulso contrário" da dupla incógnita e versos bem expressos,poéticos "autogénese e absorção de objectos", "aquele que interpreta a fresta/ da minha violência em paz".
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