Em cada morte há uma ausência eterna
Um vazio irrepreensível, silencioso e cheio
Em cada morte há uma luz que se perde
Um grito que se silencia na carne
Não há sentido na ausência
Não há corpo na memoria física
Olho o corpo frio, sem cor
Já não sei onde estás -
O luto é uma treva transitória
Tatuagem na mente e na pele
Uma luta vã pelo que já foi
Apesar da vida que fica
A saudade permanece
Morta-viva sem (a)braços
Há algo vivo nesta morte ainda viva em mim
Há algo de morte que me impregna os sentidos
Adormecidos de dor
Sentidos sem-abrigo
Sem o teu - abrigo
1 comentário:
Lliana, a morte "um vazio irrepreensível, silencioso e cheio" "um grito que se silencia na carne" e a morte é sempre ficar "sem". gostei muito.
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