terça-feira, 18 de maio de 2010

Quando o amor era som

Compasso binário
pé ante pé
numa manta de colcheias
ao teu ritmo

ao meu ritmo
notas na pele
pausas nos lábios
abraços em semibreve

no teu cabelo
pautas desalinhadas
de tons dourados

mínimas de ausência
as nossas mãos unem-se
apertam-se em sol maior

o teu coração
metrónomo exacto
orienta o meu descompassado
extasiado na dança rítmica dos corpos

o som fica
depois da música
dentro
dentro
dentro
em eterna vibração
em clave de si

3 comentários:

josé ferreira disse...

Olá Liliana
vibração dentro de uma música em compasso binário e há dois ritmos numa manta de colcheias e há uma dança de corpos, notas na pele, abraços em semibreve e há o som que fica num poema muito musical e sensual.gostei muito.

raquel patriarca disse...

lindo, lindo Liliana, o fim é a minha parte favorita,
"o som fica
depois da música
dentro
dentro
dentro
em eterna vibração
em clave de si"
ficamos em suspenso...
r.

Anabela Couto Brasinha disse...

Olá
gostei muito

Quando o amor era som

pé ante pé...
notas na pele...
as nossas mãos....
o teu coração...
o som...
depois...
em clave de si...