sábado, 25 de julho de 2009

Fronteira



É doce
a tentação do labirinto
assim que o sono chega e se propaga
ao contorno das coisas. mal as sinto
quando confundo a onda sempre vaga

deste falso cansaço que regressa
ao som da minha estranha e dócil fala
cada vez mais submersa como essa
pequena luz da rua que resvala

plo interior da noite. É quase um sonho
A respirar lá fora enquanto o quarto
se dilui na fronteira que transponho
e afoga a consciência de onde parto

agora sem direito nem avesso
no incerto momento em que adormeço.

Fernando Pinto do Amaral

2 comentários:

. disse...

Em tudo o que escreves, tem uma simplicidade que se torna complexa. Tem o "algo" que é bom, embala.
Fascina e do mesmo modo prende os impulsos que poderiam existir, oh eu gostei tanto da tua escrita, acredita.
Vou seguir o teu blog
Espero mesmo que continues .
Beijinhos (:

josé ferreira disse...

Olá Martina

Obrigado pelas tuas palavras e sê bem vinda a este espaço onde se quebram rotinas através do suave navegar num mar de poesia.

Bjo.