sábado, 23 de maio de 2009

improvável antologia poética

AMOR COMO EM CASA

Regresso devagar ao teu
sorriso como quem volta a casa. Faço de conta que
não é nada comigo. Distraído percorro
o caminho familiar da saudade,
pequeninas coisas me prendem,
uma tarde num café, um livro. Devagar
te amo e às vezes depressa,
meu amor, e às vezes faço coisas que não devo,
regresso devagar a tua casa,
compro um livro, entro no
amor como em casa.

Manuel António Pina

2 comentários:

Gonçalo disse...

Caro António gosto muito deste poema de Manuel António Pina .

Obrigado por publicares

josé ferreira disse...

Caro António não fiques baralhado com este comentário do Yaiks porque esse é do meu filho e por lapso não me apercebi que estava aberto.
Faço minhas as palavras que do Yaiks já foram!

Abraço