terça-feira, 14 de abril de 2009

Eu já não sou eu

A partir do mote:

O poema me levará no tempo
Quando eu já não for eu


este é o poema conseguido:

O poema me levará no tempo
Quando eu já não for eu
E me tiver perdido
Nas voltas que o tempo deu!

Procurei-me e não me achei...
Perdi-me no tempo voraz... ruim
Que, indiferente, passou...
A correr, veloz, por mim!

E a quem me perguntou
Não soube dizer quem sou...
Nem para onde devia ir.

Perguntei qual o caminho
De volta ao tempo...
Ao tempo em que eu era eu.
Mas, ninguém me quis ouvir...
Ninguém me viu...
Ninguém me respondeu.

O poema levou-me no tempo
Perdi-me... Não sei onde estou!
E... no turbilhão sem fim
Das voltas que... o tempo deu
Perdi-me... da poesia
Que me amarrava... a mim.

E, sem alma...cega...vazia
Nas voltas que o tempo deu...
Perdi-me... não sei quem sou
Perdi-me...eu já não sou eu!

Nota: Como foi Páscoa, ressuscitei!!
Nunca esqueci a nossa muito "prezada" Ana Luísa,
nem os queridos Amigos, com quem tive a alegria de
participar no Workshop Escrita criativa( Poesia )I
Abraço apertado,

Maria Celeste Carvalho

1 comentário:

auxília disse...

Gostei muito do seu regresso, Celeste! E não acredito nos seus versos "Perdi-me... da poesia/Que me amarrava a mim." Quem escreve com a sua sensibilidade nunca se perde da poesia, ou nunca perde a poesia. Mas o poeta "é um fingidor", não será o caso?...
Um grande abraço.

Nota: neste momento, o meu mote seria mais "comigo me desavim"...