quinta-feira, 5 de março de 2009

Poesia sem nome

Ainda não havia nennhuma poesia deste poeta no blogue. gostei desta.


Nomeio constelações uso-as
para me guiarem no receio das noites
escavo corpos na flexibilidade das sombras
atravesso a manhã e ponho a descoberto
a casa onde a infância secou
o olhar desce aos gestos inacabados
satura-os de jovens lágrimas de resinas
e o susto de criança que fui reaviva
um pouco de alegria no coração.

Al Berto (1948-1997)
Vigílias

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