quarta-feira, 25 de março de 2009

Noites

Às vezes queremos dizer tudo
rodeá-lo de palavras
e surge árido o lugar dos reflexos
o canto dos sentimentos.
Por vezes
há noites de estrelas e veludos
na casa junto ao lago
onde não falo ou escrevo
mais que a Natureza.

4 comentários:

A. Roma disse...

Noites onde somos a intimidade da natureza e regressamos à semente.

Plenamente em sintonia consigo, José.
Obrigado por continuar a manter permanentemente vivo, com lindos poemas, este espelho do mar por onde navegamos entre naufrágios de sede.

Abraço amigo,
António

josé ferreira disse...

António caro amigo de viagens poéticas obrigado pelo comentário e pela partilha em sintonia. Tudo farei para manter acesa esta chama. Vou estar fora durante alguns dias se puderem publiquem!

Abraço!

auxília disse...

José, gostei particularmente destas "noites de estrelas e veludos". Quando regressar, traga-nos mais: o silêncio de outras noites, o canto de outros dias...
Beijo

António Pinto de Oliveira (António Luíz) disse...

Pois é José: às vezes faltam-nos as palavras e parece não existirem sentimentos expressivos! A tal "aridez" de que muito bem fala. Mas...e os silêncios retemperadores? Há na poesia tanto silêncio natural, ou sufocado! Precisamos tanto dele!...Eu sei, sabemos, que não há intimidade com a natureza que não seja em silêncio...Parabéns. Volte cheio de realizações... Abraço amigo de António.