Nada te pergunto
tudo me dizes
erguendo fantasmas brancos
lívidos em sons guturais...
e o silêncio indiferente
dentro.
A meu lado
ramos fustigados de tempestades
acima das folhas crepitantes
crateras de dor
no eu impotente.
Nada do que sei
quero por companhia.
Onde está a concha
que afasta o grito
devolve as asas
o dia azul?
Qual o oceano longe
desconhecido
a Nova Atlântida?
Sinto-me ilha submergida
bóia bamboleante de maré alta
revoltosa que aparta e destrói;
impulsão dos sentidos.
Aguardo o dia
em que o que sei
será o que dizes
e nesse dia
não serei mais o eu
apenas o ponto final
sem intervalos exageros
interjeição...
cingido a meio
entre o que fica
e o que ...
não sei-
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