segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Ausência

O mar do Nuno, lembrou-me uma certa praia. Abandonada há muito, num caderno, também ele há muito abandonado...


A tua infinita ausência
enche esta praia deserta.
O vento das palavras
varre o areal
liso, imenso.
As algas
adormecidas despertam,
esquecidas de que um dia
foram beijos...

Aqui, nesta praia
as ondas morrem
num longo gemido
cortado pela noite.

4 comentários:

gostomuitissimodeti disse...

nem a proposito...

ausência de um mar imenso!

:)

josé ferreira disse...

Um belo poema de saudade, de sentimentos plenos, profundos como o mar.
Gostei particularmente de:
"As algas adormecidas despertam,
esquecidas de que um dia foram
beijos"
Foi bom guardar esse caderno!
Que mais poemas pode ele desvendar?
Gostei imenso!

Elza disse...

Como pode uma praia aparentemente deserta estar tão cheia de uma ausência infinita, de recordações... Gostei imenso desta praia. E das algas que foram beijos, dos gemidos das ondas saudosas. Não abandone as páginas desse caderno!

Nuno CA disse...

"o mar do nuno"... que bonita expressão!... gostei do poema e da inspiração para voltar a pegar no caderno abandonado... e ficamos à espera de mais poemas reencontrados.