Fantasma, de voz rouca sem percalço,
já moribunda quase a desfalecer,
porque vens de novo em meu encalço,
Se eu jamais te irei acolher ?
Não queiras fadiga, turbulência ou guerra,
goza teu exílio p'ra que eu não vocifere;
não sei quem tu és, eu pertenço à terra,
Qu' importa quem és p'ra que eu te venere?
Larga-me, solta-me para a vida,
desprende-me de teu louco jugo,
pois minh' alma de ti se quer desjungida!
Liberta-me, quero brincar e sorrir,
caminhar em frente, olhar o meu burgo,
gritar paz, liberdade , mas sem lhes mentir!
( António Pinto Oliveira - 2008 )
1 comentário:
Mais um lindo poema do meu amigo, com uma sensibilidade muito subtil.
Obrigada por esta oferta
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