terça-feira, 14 de outubro de 2008

No recanto da cortina

Na curva do cotovelo
sigo a rota da pele,
mão aberta que passa
na planície do seio.
Humidades de lábios
unem margens em abraço;
silêncio de dedos, procura,
emoção que desagua.
Braços, pernas,
morenas, marfim,
entrelaçam segredos,
teias, desencontros,
socorros de infância!

Olhamos o céu
no recanto da cortina,
de tule branco, fina...
desnuda, a Lua,
brilha...
cor de prata neblina!

2 comentários:

Anabela Couto Brasinha disse...

Os versos,"socorros de infância" e "cor de prata neblina", são belos, e "tocam-me".

Elza disse...

Que bela imagem transparece do céu, da lua, nesse recanto, por detrás dessa cortina...