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Amor como em Casa
Regresso devagar ao teu
sorriso como quem volta a casa. Faço de conta que
não é nada comigo. Distraído percorro
o caminho familiar da saudade,
pequeninas coisas me prendem,
uma tarde num café, um livro. Devagar
te amo e às vezes depressa,
meu amor, e às vezes faço coisas que não devo,
regresso devagar a tua casa,
compro um livro, entro no
amor como em casa.
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Manuel António Pina
Ainda não é o fim nem o princípio do mundo calma é apenas um pouco tarde | 1969
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1 comentário:
Raquel, é um poema magnifico de um grande poeta que permanecerá sempre "muito perto da luz", a luz que o ilumina perante nós. Obrigado por publicares.
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