Felix Mas
os raios de sol de novo sobre a testa e as palavras.
o outono entrou pela chuva e espalhou as folhas.
mas há luminosidades
os teus olhos, os teus lábios –
escrevo-te na mágoa da ausência
na página branca
através de dedos coloridos e tinta permanente
e escrevo-te para
construir a seiva, sempre
para que ela circule e se liberte
na expansão mais célebre –
só os ouvidos das estátuas, sabem
só os versos quando escritos, sabem
só as músicas , sabem
só as cores espalhadas nas mesmas margens, sabem
só as árvores, só as árvores
sabem –
1 comentário:
Olá José,
"sabem-"
"o outono entrou pela chuva e espalhou as folhas."
Belo poema!
E pergunto eu para quando (encontro) o espalhar das nossas folhas?!
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