sábado, 8 de outubro de 2011

Adrianne e Paris



branco de nevoeiro na meia-noite insegura,
e o silêncio tão quieto da rua -

porque não pára um carro antigo de portas de árvore
no par do número da casa
no ímpar das glândulas que batem?

uma ave abre as asas;
os telhados de Paris, os escritores,
os dedos líquidos dos pintores -

Adrianne e os gatos
pela hora dos cristais -

de olhos em claro, sob um céu de Van Gogh
se escreve a incredível história;
nas não formas
no não tempo -

e de trompete as pontes -



José Ferreira 7 Outubro 2011

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