Oiço o bater das ondas do teu mar,
e vejo-te lá longe ténue pairando
sobre as imponentes vagas do teu mar...
Sei que é fugaz alucinação,
mas que me mata a sede e fome
de te ver e de te ter!
Mulher despida mas envolta em teu mar,
que tu iludes e tanto enfeitiças,
que decidida e brutal o enfureces
pra que eu nunca te possa em paz chegar.
Mulher imensa, mulher majestosa,
prenha de esperanças
e fazedora de vidas,
não castigues o teu mar
que por Ti é doce e tão pacato!
Mulher desavinda, mulher de fervor,
sossega o teu mar
dá-lhe todo o teu encanto,
pra que eu por fim te aconchegue
sereno, cheio de amôr e recato!
( António Luíz, 19-07-2011)
Lido na Biblioteca Municipal de Espinho,
em Reunião da ONDA Poética de 20-07-2011)
1 comentário:
Olá António
Dois poemas plenos de mar nos olhos ora do homem ora de uma mulher.
Abraço
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