Pela manhã espera-se um arfar de orvalho brando,
que deslizará em surdina, entre nuvens.
Há-de segredar gotas envergonhadas
e qualquer coisa de chuvisco, quase arrependido
Pela tarde prevê-se a revolta.
O gotejar vai fazer-se trovão, fazer-se dragão.
Incendiará de dilúvios as cidades e as terras semeadas.
Absolutamente imperioso, há-de rasgar o azul do dia,
apagar qualquer possibilidade de sol,
e dissolver o horizonte.
Aconselha-se que fique em casa
Agasalhe-se
e leia poesia.
Lá fora há chuva.
2 comentários:
Olá Teresa
gostei muito desta chuva incendiária com chamas de dragão
Abraço
Teresa, também falta aqui a chuva incendiária, cantando em paralelo com a paixão, que ouvimos em casa da Raquel ;) Um beijinho. Elza
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