Paula Rego "Auto-retrato em vermelho" 1962
No poema
..................chego sendo
......................e deixo de ser
.......já não sendo.......nas palavras
nas palavras que escrever.....às vezes.
mas mesmo quando não sendo ....deixando de ser
no poema...ao escrever......há sempre a influência
sendo diferente de ser....num outro ser
que não sendo..........posso ser
..no poema........às vezes
quando-José Ferreira 6Fev2011
2 comentários:
Uma nova forma de estar na poesia. O fingimento a dar conta da fragmentação do eu que "chego sendo.../ e deixo de ser", para ser outro "nas palavras que escrever", "no poema... às vezes". O final do poema é absolutamente imprevisível. Abre infinitas possibilidades.
Gostei muito. Um abraço.
José
obrigado pelo comentário. foi realmente uma tentativa de reinventar a minha forma de poetisar.
Abraço
José
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