domingo, 26 de dezembro de 2010
Presépio
Jesús de Perceval "A carícia" 1940
Tu nascias todos os anos
Nas palhinhas das bolas de sabão,
Que eu cortava à "garçonne"
Como as franjas do meu cabelo.
E na gruta, que o musgo prendia e
atapetava.
Se tornavam palhinhas manjedouras.
Era para mim um mistério
Que, pela Páscoa, frequentemente em
Abril
E, às vezes, até em Março,
Pudessem crucificar-te, adulto,
E expor, solenemente o teu corpo morto,
Nunca enterrado, pela ruas da
cidadezinha.
Como puderas crescer tão depressa?
E que crimes tinhas cometido?
Luísa Dacosta
(Este poema foi enviado pela Teresa Almeida Pinto a quem agradeço a partilha)
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1 comentário:
Um belo poema, que traduz o Homem.
bj
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