quarta-feira, 21 de abril de 2010

tempos aos toques

falei com ela

disse-me que os rios tinham pressa
e havia brisas quentes que falavam

cristo não tinha nascido
e a expectativa era grande
e uma amiga muito calma
tinha sido queimada pela alma

perguntou-me pela palavra

contei-lhe de traumas
padres
inteligências emocionais
e interacções fundamentais à distância
para acalmar

a brisa ainda fala
com cuidado

apontou para trás de mim
e sorriu
sem ruído

1 comentário:

josé ferreira disse...

Olá Joana

direi apenas que tudo está perfeito neste poema teu. na brisa leve deixa para trás os pesos da alma. e só quem não tem alma ou se tem não sente e não "habla com ela" é que julga que nunca foi queimada. mas a alma refaz e renova sempre que é entendida.

Abraço