quinta-feira, 22 de abril de 2010
Suspenso do teu nome
Suspenso do teu nome
Que indelével me retine
Na lembrança sinto
O veludo das tuas mãos
Serenando-me a insónia
Do medo que em criança
Chamava por ti.
Vinhas e então vinha o sono
Para exorcizar o medo
E tranquilizar a noite.
O sonho fazia o resto,
Sorria-me como tu fazias
Com o veludo das tuas mãos
E dos teus lábios pousando
Um beijo na minha testa.
É música o teu nome
Ecoando em mim a harmonia
Desde menino, agora vinda
Da eternidade que te dou.
O medo hoje é a tua ausência
Anoitecendo-me o coração.
(2010.04.21)
José Almeida da Silva
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1 comentário:
José, parabéns pelo poema, tão sentido. Lindos os versos do final
"O medo hoje é a tua ausência
Anoitecendo-me o coração."
Mas essa ausência não existe, e o coração não está escuro, de certeza. Ou então não sairia este poema tão belo sobre a MÃE. Que tudo adoçou no passado. Foi a memória desse veludo das mãos, o sorriso, o beijo na testa que permitiu o poema e o afastar do esquecimento. A MÃE, de alguma forma, está sempre! Obrigada pelo poema.
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